Mais uma segunda-feira, mais uma receita da série Receitas de Verão! Desta vez, trago uma sugestão de sobremesa: semi-frio de mirtilos. As primeiras receitas foram Panquecas de Limão & Chia e Gaspacho com croutons.
Congelar mirtilos
Os mirtilos estão em época durante o Verão e são uma verdadeira explosão de sabor e nutrientes! A aconselho sempre a comprar quantidades razoáveis para congelar, para ir comendo durante o resto do ano. Costumo congelar já lavados (com água e um pouco de vinagre) em sacos. Depois de congelar, basta dar uma “pancada” no saco para ficarem soltos.
Os benefícios dos mirtilos
O mirtilo é um dos alimentos com maior teor de antioxidantes. Assim, o seu consumo tem inúmeros benefícios para a saúde, como ajuda no combate ao envelhecimento e diferentes tipos de cancro, auxílio na gestão de peso, entre outros. Para além disso, são deliciosos e perfeitos para serem usado em variadas receitas!
Coloque num tacho o leite de soja, o leite de coco, o sumo de limão, a geleia de arroz, o amido de milho, o agar-agar e o extrato de baunilha. Misture bem com uma vara de arames.
Levar o tacho ao lume e cozinhar, em lume médio baixo e mexendo sempre com uma vara de aramares, durante 7 minutos (deve ferver cerca de 5 min).
Uma vez engrossado o preparado, divida em frascos ou outros recipientes e leve ao frigorífico durante 20 minutos.
Passo 10 minutos, prepare a camada da fruta. Coloque num tacho os mirtilos, a água, a geleia de arroz e o agar-agar. Leve ao lume, mexendo constantemente. Deixe cozinhar durante 7 minutos (deve ferver 5 minutos), em lume médio-baixo.
Passado esse tempo, desligue e esmague ligeiramente os mirtilos com um garfo. Deixe arrefecer durante cerca de 2 minutos antes de colocar nos frascos.
Uma vez arrefecida ligeiramente a camada da fruta, deite-a sobre o semi-frio e volte a levar ao frigorífico durante 2 horas (passo 30min já vai estar solidificado, mas idealmente deve ser servido bem fresco).
Mais uma receita da série Receitas de Verão! Esta é a segunda receita desta série e desta vez trago-vos uma sugestão salgada e bem fresca. Estou a falar da sopa gaspacho, acompanhada com croutons caseiros. Para quem perdeu a primeira receita da série, foram as Panquecas de Limão & Chia.
Sobre gaspacho
Para quem não conhece gaspacho, é uma sopa fria e que não precisa de ir lume. É típica de verão e preparada com ingredientes de época, como tomate e pepino. Pode ser comida à colher mas também bebida de um copo! Sabe bem em qualquer altura dos dias quentes, sendo que pode ser entrada, refeição principal ou mesmo lanche 🙂
E toppings…
Como é uma sopa muito leve, gosto de acompanhá-la com croutons. Assim, esta receita é 2 em 1, porque também vou ensinar-vos a fazer croutons caseiros! Podem ainda acompanhar com sementes torradas (abóbora, girassol…), que também dão um ótimo toque crocante.
Qualidade dos ingredientes
Para receitas deste tipo, muito simples e com poucos ingredientes, é crucial escolher produtos de qualidade. Pessoalmente acho que não há nada como um bom tomate maduro de verão (quem mais ama o cheiro?)! Bem, vamos então à receita?
600 tomate “com rama”, bem maduro, cortado grosseiramente
1 pimento vermelho, cortado grosseiramente
1 pepino (sem pele), cortado grosseiramente
½ cebola, cortada grosseiramente
4 dentes alho, descascados
4 colheres de sopa de vinagre de maça
1 colher de chá sal grosso
3 + 1 colheres de sopa de azeite
2 fatias de pão duro, em cubos
Orégãos a gosto
Manjericão para guarnição (opcional)
Instruções
Coloque numa liquidificadora (ou panela / recipiente grande, se usar varinha mágica) o tomate e o pepino. Ligue a liquidificadora e processe até ficar cremoso (pode ser necessário ir parando e empurrando os ingredientes).
Acrescente o pimento, a cebola, os dentes de alho, o vinagre, o azeite (3 colheres de sopa), o sal e os orégãos. Volte a processar até ficar bem cremoso e leve ao frigorífico.
Para os croutons, aqueça uma frigideira com 1 colher de sopa de azeite. Salteie o pão, até ficar bem dourado, mexendo várias vezes.
Uma vez dourado, desligue e lume e tempere com orégãos e uma pitada de sal. Misture bem,
Sirva o gaspacho com os croutons, finalizando com manjericão ou outras ervas frescas.
Já devem saber que adoro panquecas! No blog já encontram duas receitas, ambas 100% vegetais e saudáveis: Panquecas de Espelta & Mirtilos e Panquecas Vegan & Sem Glúten. A receita de hoje é perfeita para o verão, pois estas panquecas ficam com um sabor bem leve e fresco!
Série Receitas de Verão
Esta é a primeira de 6 receitas que vou partilhar aqui no blog e redes sociais nas próximas semanas, integradas na série Receitas de Verão! Cada receita vai ser partilhada em vídeo e também em texto, como habitualmente. Nestas últimas semanas tenho dedicado grande parte do tempo a preparar estes conteúdos, por isso espero que gostem desta iniciativa 🙂
As panquecas vegan mais fofas de sempre
Em relação à receita destas Panquecas de Limão e chia, são as panquecas mais fofas de sempre! Isto acontece graças à:
A adição das sementes de chia, que incham e tornam a massa leve
A adição do bicarbonato + vinagre, que vai criar bolhas na massa
A adição do fermento natural, que com o calor, também vai fazer “levantar” a massa
Adição do fermento natural
Em relação ao fermento natural, encontram a receita com vídeo passo-a-passo aqui. Este fermento é usado principalmente para fazer pão de fermentação natural, mas também podem usar em panquecas! No caso de não querem ou não quererem fazer, basta omitirem. Neste caso, podem duplicar a receita, para render mais!
100ml de fermento natural / isco (opcional, podem omitir)
1 colher de sopa de sementes de chia
1 colher de sopa de malte de cevada ou outro adoçante líquido
Raspa de ½ limão grande ou 1 pequeno
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de vinagre de maçã
Óleo de coco q.b.
Pitada de sal
Instruções
Coloque numa taça a farinha de espelta, as sementes de chia, o sal e a raspa de limão. Misture bem.
Acrescente o leite de soja, o fermento natural e o malte de cevada e volte a misturar até obter uma consistência homogénea.
Adicione o bicarbonato de sódio e abafe-o com o vinagre de maça (deite por cima o vinagre). Incorpore a espuma que esta mistura formou.
Pré-aqueça uma frigideira antiaderente ou uma crepeira com um pouco de óleo de coco.
Forme as panquecas, adicionando uma colher de sopa generosa da massa na frigideira. Deixe cozer as panquecas em lume médio-baixo, durante cerca de 3 minutos.
Quando as panquecas tiverem bolhas, vire-as e deixe cozinhar durante mais 2 minutos.
Servir com iogurte natural, raspas de limão e sementes de chia.
Finalmente, trago-vos a receita / método do meu fermento natural / massa mãe /isco! Fui uma das (muitas) pessoas que passou a fazer pão durante a quarentena, mais especificamente pão de fermentação natural. Este tipo de pão também é conhecido por sourdhoughe é fermentado graças então ao fermento natural.
Já há muitos tutoriais muito bons de fermento natural e o método é basicamente sempre o mesmo. Ainda assim, como fui partilhando as minhas aventuras com o Isko (nome que dei ao meu fermento!) no Instagram, decidi partilhar na mesma o meu método. Fui aprendendo a fazer fermento natural durante a quarentena, quando mergulhei ainda mais no fundo dos fermentados (e lancei também o primeiro Workshop Online Fermentados Caseiros!)
Tentei compilar neste artigo todas as informações úteis que fui retirando de livros, artigos e também da minha experiência. Pessoalmente, consegui fazer um bom fermento à terceira vez. É um processo que exige alguma prática, cuidado e, acima de tudo, resgate dos nossos sentidos!
Bem, são muitas as vantagens em fazer o nosso próprio fermento. Em primeiro lugar, deixamos de precisar de comprar fermento “normal”. O fermento natural caseiro acaba por ser muito mais ecológico, pois mesmo comprando farinha embalada, são embalagens muito maiores que do fermento “normal” e vão render mais. Em segundo lugar, o fermento natural é mais saudável porque:
Facilita a digestão do pão
Aumenta a quantidade de nutrientes do pão
A fermentação lenta cria bactérias e leveduras benéficas (ainda que o pão vá ao forno, muitas destas vantagens permanecem)
Diminui a quantidade de fitatos presentes no pão, também conhecidos por “anti-nutrientes”
E muitas outras! Já para não falar de que torna o pão muito mais saboroso 🙂 Para mim, fazer pão com fermento natural é também uma espécie de meditação que me permite focar no presente, e adoro isso!
2 . O processo de fazer fermento natural
Muito resumidamente, o processo de fazer fermento natural consiste em misturar farinha e água, durante alguns dias. A partir do segundo dia, vai-se descartando parte desta mistura e adicionando mais água e farinha. Mas como é que isso é transformado em fermento? Graças à maravilha chamada fermentação! As bactérias presentes no ar, conhecidas por bactérias do ácido láctico (não tem nada a ver com lacticínios) transformam uma simples mistura de farinha com água num fermento vivo, que vai ser capaz de levedar o pão.
3. Porquê descartar parte do fermento?
Mas porque descartar todos os dias uma parte do fermento? Sei que parece estranho, mas é aconselhado (apesar de não ser obrigatório) retirar cerca de metade da mistura. Se não fizéssemos isto, teríamos que adicionar todos os dias maior quantidade de farinha e água, gastando assim muitos recursos e acabado com fermento a mais!
4. O que fazer com o descarte?
O descarte pode e deve ser usado! Pessoalmente, vou guardando o descarte num recipiente no frigorífico e uso em massa de panquecas. Utilizo uma proporção de cerca de 100gr de descarte por cada 200gr de farinha. Evitem guardar o descarte durante muitos dias, pois mesmo no frigorífico ele continua a fermentar e fica muito ácido.
5. Quanto tempo demora a fazer o fermento natural?
Ninguém gosta da resposta à esta pergunta: “depende!”. A verdade é que, com fermentados, nunca podemos falar de timing exactos. O processo de fermentação depende sempre da temperatura ambiente. Quando mais quente estiver e mais quente for a sua casa, mais rápido vai ser. O “mínimo” costumam ser cerca de 4 dias e o “máximo” 7 dias. Se passado 7 dias o fermento não duplicou de tamanho nem criou bolhas, provavelmente alguma coisa correu mal!
6. Ingredientes necessários
Esta é simples: vamos precisar de farinha e água! Há receita em que se usa açúcar ou outros adoçantes para ajudar a ativar o fermento, mas pessoalmente não sigo este método.
7. Que farinha usar?
A qualidade de farinha é importante e faz MESMO diferença em todo o processo. Em primeiro lugar, usem farinha biológica e de produtor de confiança. Tenho usado as Farinhas Paulino da Horta e obtido muito bons resultados (isto não é publicidade, compro e adoro mesmo!). Uso a farinha de trigo tipo 80, que é uma farinha semi-integral. Também já experimentei farinha tipo 65, e também tive bons resultados.
É de evitar usar:
Farinha com fermento
Farinha “para bolos”
Farinha branqueada (costumam ser as “para bolos”)
Os resultados mais rápidos vão surgir com farinhas brancas ou semi-integrais. Fazer fermento natural com farinhas integrais também pode dar bons resultados, mas a longo prazo pode não ser muito sustentável, pois elas podem precisar de serem alimentadas 2-3 vezes por dia (aprendi isso com a Sara – Sourdough Therapy. Assim, prefiro não fazer com farinha integral.
8. Que água usar?
Esta também é muito importante e foi a caução dos meus primeiros fermentos não terem resultados. Usei água directamente da torneira e, apensar da água na minha zona ser muito boa e não saber a cloro, não correu bem. Usar um dos seguintes tipos de água:
Água de garrafa
Água diretamente de nascente (que seja potável e testado, claro)
Água de torneira fervida e arrefecida (a que uso!).
Água de torneira repousada num recipiente de vidro aberto durante 24h (para sair o cloro).
9. Utensílios necessários
Para além de água e farinha, vamos precisar de:
Frasco de vidro
Colher / palinha não metálica para mexer o fermento
Salazar para raspar, para retirar o excesso do fermento das laterais do frasco
Balança (não acho crucial, podem fazer a olho, usado medidas equivalente de farinha e água).
10. Quando o fermento “estagna” por volta do 3º dia
É muito comum (já me aconteceu 2 vezes) o fermento, depois de primeiros dias a crescer, parecer estagnar a volta do terceiro dia. Pela minha experiência, costuma ser sinal de que precisa de serser alimentado mais vezes (a cada 12h em vez de a cada 24h) E/OU que tem demasiada água. No caso do fermento estar muito líquido, deve ser alimentado na próxima vez apenas com farinha (neste caso, pode não se fazer o descarte).
11. Quando ofermento forma uma camada de água em cima
Been there! O fermento parece que fica sólido, com uma camada de água por cima. Este é mais um sinal de hidratação a mais. Assim, o fermento deve ser alimentado apenas com farinha (pode ser sem descarte).
12. Como saber se está pronto?
Pode ser difícil saber se o fermento está pronto, pois pode já estar no ponto mas não cumprir todos os indicadores que indico a seguir. Mas, de uma maneira geral, o fermento está pronto quando:
Tem muitas bolhas
Duplicou de tamanho
Ao colocar um pouco do fermente num copo com água, o fermento não afunda (ver vídeo acima)
13. Como utilizar o fermento natural
Neste artigo não vos vou dar receita de pão porque ainda a estou a aperfeiçoar, mas de uma maneira geral utilizam-se 100gr de fermento natural bem ativo por cada 500gr da farinha. Enquanto aperfeiçoo a minha técnica para fazer pão, deixo-vos com 2 receitas que utilizei como base: esta do blog The Clever Carrot e esta do canal de youtube Joshua Weissman.
14. Como conservar o fermento natural
Assim que o fermento natural estiver no ponto, ele deve ser utilizado ou então guardado no frigorífico OU ser mantido a temperatura ambiente e ser alimentado todos os dias. O. fermento deve ser guardado no frigorífico logo depois de ser alimentado, pois vai continuar a fermentar no frio, ainda que mais lentamente. Quando quiserem fazer pão, devem tirar o fermento do frigorífico 1 dia antes (idealmente).
15. Fazer fermento natural sem glúten
Ainda não me aventurei a fazer fermento natural sem glúten, por isso deixo-vos com esta receita da Sofia do blog Criar, Comer, Crescer!
Água engarrafada / filtrada / água da torneira fervida e arrefecida OU repousada num recipiente de vidro durante 24h (o objetivo é que a água tenha o mínimo de cloro possível)
Instruções
Num recipiente de vidro, adicione 50gr de farinha e 50gr de água morna. Misture bem com uma colher / palinha não metálica, até obter consistência de papa (ver vídeo abaixo). Pouse a tampa (sem enroscar) e marque com um elástico ou marcador o nível do fermento.
Deixe repousar durante 24h, num sítio quente (dentro de forno desligado ou armário de cozinha).
Passadas 24h, o fermento já deve ter algumas bolhas! Descarte metade do fermento e adicionar mais 50gr de água tépida. Misture bem e adicione as 50gr de farinha. Volte a misturar.
Deixe a tampa pousada e volte a marcar o nível do fermento.
Volte a deixar repousar durante 24h.
Repita o processo durante 4-7 dias, até o fermento ter muitas bolhas, dobrar de tamanho e flutuar em água *.
Se, por volta do 3º dia, o fermento "estagnar", alimente-o a cada 12h, em vez de em cada 24h. Se formar uma camada de água por cima ou parecer muito líquido, alimente só com a farinha, sem fazer o descarte.
Quando o fermento estiver no ponto, pode usá-lo para fazer pão ou pizza, na proporção de 100gr de fermento para cada 500gr da farinha.
Mantenha o fermento fora do frigorífico e alimente-o todos os dias OU coloque o fermento no frigorífico, depois de ser alimentando.
Para voltar a ativar fermento depois do frigorífico, este deve ser retirado 1 dia antes de fazer o pão. Depois de cerca de 5 horas, quando já estiver a temperatura ambiente, alimentar (sem fazer descarte) com 50gr de farinha e 50gr de água (ou mais, se precisar de mais quantidade). Assim, vai conseguir um fermento bem vivo!
Notas
* colocar num copo com água um pouco do fermento. Se não afundar, deve ser pronto!
3.5.3251
Aprenda a fazer outros fermentados neste workshop online:
Esta receita de arroz “frito” é perfeita para utilizar restos de arroz do dia anterior! Especialmente com arroz integral, faço sempre quantidade a mais. Acho muito prático ter sempre no frigorífico cereais / leguminosas já cozidos, para conseguir preparar refeições em poucos minutos! No caso do arroz integral do dia anterior, gosto de o usar em papas e salteados como o que vos trago aqui hoje! Se nunca cozinhou arroz integral, leia este artigo para perceber a importância de o demolhar.
Truque para soltar o arroz do dia anterior
Especialmente o arroz integral tende a ficar muito empapado, certo? Utilizo um truque que resulta muito bem para resolver isso! Basta colocar o arroz num coador de rede bem fino e passá-lo por água corrente, soltando com um garfo. Claro que não salva completamente um arroz demasiado cozido, mas ajuda muito! 🙂
Coloque numa frigideira grande ou wok a cenoura em tiras e salteie, em lume médio-alto, durante cerca de 1-2 minutos. Retire e reserve.
Adicione os cogumelos, e salteie igualmente durante 1-2 minutos, até ficarem dourados. Retire e reserve.
Coloque na frigideira mais um pouco de azeite e salteie a couve. Se necessário, adicione algumas gotas de água, para ajudar a amolecer. Retire e reserve.
Adicione mais um fio de azeite e salteie os cubos de tofu, até ficarem dourados. Acrescente os dentes de alho picados e salteie até libertarem os aromas.
Acrescente o arroz já cozido, o molho de soja e a malagueta. Misture bem para soltar o arroz.
Quando o arroz já estiver quente, adicione os legumes previamente salteados e misture bem.
Retire o arroz salteado para os pratos e coloque no wok/frigideira quente as sementes de sésamo. Salteie durante alguns segundos, até liberarem os aromas.
Finalize com as sementes de sésamo torradas e cebolinho picado.